terça-feira, 23 de novembro de 2010

Disseminação V- Mostra de Cinema e Vídeos Experimentais


Olá coletivo(s)!

O Em Obras convida à todos para a quinta edição do Disseminação - Mostra de Cinema e Vídeos Experimentais.
O evento será no Espaço 104 nos dias 30 de novembro 1 e 2 de dezembro, sempre às 19 horas, e serão exibidos vários curtas- metragens, com entrada franca.

Na seqüência, nos dias 3 e 4 de dezembro realizaremos nas estações do Metrô (Santa Efigênia, Central e Lagoinha) o Festival de Artes Experimentais Dissemina Expressa com participação de vários artistas, O Em Obras estará lá! O Festival acontece na sexta-feira, dia 03 de novembro de 18 às 22 horas e no sábado das 10 às 16 horas. Espero todos vocês por lá!

Mais informações no site www.disseminacao.com.br.

Em Obras e avante!

Joyce Caravelli

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Figuras da Dança


Estão todos convidados a prestigiar este momento ímpar de ouvir histórias da dança contadas pelos próprios artistas e por imagens de suas trajetórias.
Não percam!!
Todos os sábados, de 23 de outubro a 20 de novembro, às 17h30, na TV Cultura.

Joyce Caravelli

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Em Obras- Praça de Contagem/2010











Nos versos de Affonso Romano de Sant'Anna um corpo é mais que tudo. O corpo é onde e a vida é quando.
Joyce Caravelli

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Viver

E se viver e não tentar
Tentará não existir
Existirá sem comunicar
Comunicará sem movimentar
Movimentará sem querer
E querendo deixará morrer
O brilho e os passos
Tão seus, tão dados no
Espaço livre do ser, do amanhecer...

Se viver e não dançar
Tentará não ouvir
Conseguirá não ver

Achará espaços vazios e cheios
De vento, de breu, de sal.
Saltará sem impulso
Rodopiará sobre mãos trêmulas
Subirá na ponta do abismo
E na espuma do magma encontrarás
Refúgio e esculpirá tua estrutura

E se viver pra não lembrar
Se lembrará de esquecer
De acordar
De morrer
De enlouquecer
De assoviar
De brincar
De entardecer
De aninhar
De comungar
De cantar COLETIVIZAR
De conduzir
De alimentar
De conviver
De esconder
De encontrar
De amar
De ajudar
De anunciar

E viver... Sobreviver... Supraviver... viver.
Liliane Moraes

As palavras acima são um presente de uma pessoa incrível. Lilis, é assim que carinhosamente a chamo. O Em Obras agradece!
Joyce Caravelli

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Perdemos um dos maiores representantes da Dança Butoh, Kazuo Ohno nos deixou aos 103 anos. Para mim sua dança era pura expressão da alma... Me apropio de uma frase de Kazuo que marcou meu modo de sentir, ver e modificar a dança: "Dance como uma flor que não pede licença para nascer"

Joyce Caravelli

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Ter um corpo é condição de existência(...)
Ser um corpo, é condição de humanidade."
Gonçalves,1997.

terça-feira, 16 de março de 2010

Relato afetivo de uma proponente que se foi e deixou seus rastros...


Utilizo este espaço para postar palavras... o coletivo em obras muito significou para mim, para as minhas proposições e pensamentos em arte.
Iniciei a proposta convidando ex-alunos do Arena da Cultura, amigos, pessoas que trabalham com arte e espaço urbano. No começo, os encontros tinham muitas pessoas, 10, 15, 20 pessoas. Aos poucos, o coletivo começou a minar... 3, 4, 5 pessoas.
Mas resistiu (resisti!). Eu não resisti por achar que estava sendo vista como "diretora", ou como "proponente", estava pesado demais para mim, artista de guerra, estudante das arte, dona-de-casa, desempregada! Tinha as minhas inquietações, anseios e comunicações, afinal trabalho com arte há muito tempo...
Desde o inicio propus ao coletivo ser auto-gestor, falei, falei, falei...(e falo). Quando resolvi não estar mais no grupo, pensei comigo que se a autogestão foi lançado, o grupo haveria de resistir... (e resisti!).
Fico feliz em saber dessa caminhada, deste grupo ser habitado por pessoas que desejam muito se movimentar pela arte e estão iniciando um trabalho em arte!
Fico feliz em saber que participei, estive junto, comprometi-me e me despedi sabendo que esta também seria uma decisão rumo a autogestão do coletivo.
Daqui, caminho a passos tortos, as vezes olho para os lados, e também para traz. Ainda tenho a senha e acesso ao coletivo... daqui posto imagens, textos, ressonâncias de um coletivo que é potência. Um coletivo que muito contribuiu para o meu processo artístico, acadêmico, político, poético... para a minha atitude micropolítica perante a cidade em que habito, Belo Horizonte.
Estou finalizando um texto dissertativo em artes. Em obras faz parte de todo esse processo teórico-prático.
Sou feliz pelos bons encontros! Sou feliz pelas crenças que carrego comigo, sobre arte, filosofia, vida e urbanidade.
Bons encontros, parceiros
Em obras e avante!
Um grande abraço Marcelle Louzada

Intervenção no Museu (vazio) de Arte da Pampulha - Belo Horizonte - 2010




O que você faria se passasse todas as suas férias de janeiro em Belo Horizonte? Se em um domingo ensolarado resolvesse levar a família para um passeio na Pampulha e se deparasse com o Museu de Arte com as portas abertas, funcionários, seguranças, mas absolutamente vazio por dentro? Se questionasse o porquê do Museu estar vazio e manter suas portas abertas e ouvisse como resposta que o espaço vazio está aberto para visitações de sua arquitetura? Se tentasse de alguma forma se divertir no local (afinal, tinha se deslocado para lá naquele domingo) e, ao encostar em uma das cortinas fosse reprimido pela segurança local? Se percebesse que os outros visitantes caminhassem pelo local e fotografassem poses e closes deles mesmos sem ao menos perceber a ausência de obras no Museu? Se soubesse que parte da verba pública destinada a cultura fosse para a manutenção do Museu, bem como para a aquisição de novas obras e projetos e viabilidade de novas exposições? Se trabalhasse com cultura e arte na cidade a duras penas por sentir que os espaços culturais estão cada vez mais compridos, reprimidos e ignorados?

Em Obras esteve presente nessa ação-provocação!
Em Obras e avante!










segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Dia 20, na Praça da Liberdade









Em 20 de fevereiro, último sábado, nos encontramos na Praça da Liberdade para dançar. Partimos de duas propostas: uma para o espaço, outra para o movimento. A proposta para o espaço foi sugerida por mim, e se tratava de explorarmos os "lugares improváveis". Os espaços públicos que exploramos são já lugares improváveis para nossa atividade, e procuramos, neste encontro, ocupar os lugares de passagem entre os jardins daquela praça em que os transeuntes costumeiramente não passam. Para o movimento, a proposta partiu do Clécio, que sugeriu trabalharmos os apoios e encaixes e o contato-improvisação, de onde nosso trabalho partiu em 2009. A intenção era também nos darmos segurança, uma vez que houve grande intervalo (fim de dezembro e início de janeiro) em encontros do Em Obras. Nossa intervenção durou cerca de uma hora e trabalhamos em duplas e trios, às vezes todo o grupo (éramos sete naquele dia). O grupo observou harmonia nos movimentos. Apesar do tempo distantes, parece não termos nos afastado na pesquisa. Entretanto, a Joyce observou que nos falta, em alguns momentos, sintonia e coragem para ousar, e, creio, se lançar no não-lugar, ou na não-permanência em tranquilidade. Isso, penso ainda, tem influência nos movimentos e no espaço, propriamente, pois delimitamos um quase quadrado cortado por corredores, onde nos fixamos como um lugar seguro, conhecido. Questões foram colocadas sobre o espaço-palco, sobre o que seria manter a proposta do dia, sobre desconstrução do corpo e do espaço e deslocamento. Pareceu-nos positivo usarmos o contato para transportar o corpo do outro, o que nos trouxe, ainda, a questão do esbarrar: o que se torna dança? Terminamos muito harmônicos, quanto ao movimento, ao som provocado e produzido, ao momento de aumentar e ao de parar. Acredito que recomeçamos e continuamos bem, num bom caminho para pensar e pesquisar.

Lenise Moraes
Belo Horizonte, 22 de fevereiro de 2010

Termos interessantes para o pensamento acerca de nossa atividade

in.ter.ven.ção sf. 1. Ato de intervir; interferência. 2. Operação (2). 3. Bras. Interferência do poder central em qualquer unidade da Federação. [Pl.: -ções.]

in.ter.vir v.t.i. 1. Tomar parte voluntariamente; meter-se de permeio; ingerir-se, interferir: "Sofia não interveio... na conversa" (Machado de Assis, Quincas Borba). 2. Interpor sua autoridade, ou bons ofícios, ou diligência. Int. 3. Sobrevir. 4. Intervir (1). [Conjug.: 36 [inter]vir] § in.ter.ve.ni.en.te adj2g.

so.bre.vir v.int. 1. Vir ou ocorrer em seguida ou depois. 2. Acontecer de maneira inesperada. T.i. 3. Sobrevir (1). [Conjug.: 36 [sobre]vir]

in.ter.fe.rir v.t.i. Ter participação, ou poder de decisão, ou meios para alterar ou modificar, intervir (1): "Sem liberdade de imprensa... a população... fica desinformada e sem a capacidade de interferir no seu próprio destino." (Carlos Minc, Ecologia e Cidadania). [Conjug.: 48 [interf]e[r]ir] § in.ter.fe.ren.te adj2g.

ur.ba.no adj. 1. Da, ou relativo à cidade. 2. Que tem características de cidade. [Opõe-se, nessas acepç., a rural.] 3. Cortês, civilizado. [Antôn., nesta acepç.: descortês, grosseiro.]

pai.sa.gem sf. 1. Espaço de terreno que se abrange num lance de vista. 2. Pintura, gravura ou desenho que representa uma paisagem. [Pl.: -gens.]

de.se.nho sm. 1. Representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas. 2. A arte e a técnica de representar, com lápis, pincel, etc., um tema real ou imaginário, expressando a forma. 3. Forma, feitio, configuração. 4. Traçado, projeto.


Ingerir-se é introduzir-se (pela boca?), intrometer-se. Introduzir é sempre à força (que força?)? Intrometer-se é meter-se dentro/entre, tomar parte. Se tomo parte acrescento algo em mim ou me acrescento em algo, ou as duas coisas?
Meter-se de permeio, no meio, de mistura, neste ínterim. Ínterim é entrementes, entretanto, entre. Estado interino (durante o impedimento de alguém). Ou o tempo todo? Quanto posso me meter dentro? Permaneço ou a condição de estar entre é temporária? Quanto dura uma mistura, que tipo de mistura é a que queremos provocar? Queremos?
Participar, alterar (por quanto tempo?), modificar. Quase sempre estes termos parecem referir-se ao durável. Entretanto, participar pode dividir e misturar partes, e parece efêmero.
Viemos depois de quê? Ou viemos antes? Esperam por nós? Quem? A quem pretendemos dizer (pela boca?) algo? Nossa ação é mais eficiente se somos inesperados? Que eficiência é essa?
Enquanto agimos (agimos?) somos corteses, civilizados? Indivíduo ou grupo ou sociedade (grupo maior)? É urbano porque é na cidade ou porque é civilizado? Talvez nenhum dos dois. Talvez mais civilizado que outras coisas (ações?) reconhecidas pela maioria (ou introduzidas pela minoria) como civilizadas.
Se produzimos algo, esse objeto pode ser abarcado num lance de vista? Nossa paisagem é visual em que sentido? Físico, espiritual, emocional, racional? Essa paisagem é imediata ou é mediada, ou media algo? Permanece ou é instantânea? De quantos instantes ela é feita? Somos forma, em que superfície? Permanecemos? O que traçamos, quem nos traça? Somos linha, ponto ou mancha? Ou nada? Ou tudo? Somos o instrumento ou o instrumento produzido pelo instrumento? Somos capazes de produzir algo? Capazes? Forma, traçado, projeto. Configuração! Reais ou imaginários, é possível transcender os sentidos dessas expressões?

Lenise Moraes
Belo Horizonte, 07 de fevereiro de 2010

Referência
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 5ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. P. 240, 426, 428, 543, 681, 736.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Próximo encontro!

Sábado, 20/02, às 10 da matina, coletivo em obras na Praça da Liberdade!